EM JEITO DE ABERTURA
Esta recolha surgiu da constatação da necessidade de prover os alunos da disciplina de História das Ideias Políticas da Idade Média – nova disciplina de opção (2010-2011) então partilhada entre os Professores Margarida Garcez Ventura e José Varandas – de alguns textos destinados à reflexão sobre as “ideias políticas” na Idade Média; depois, considerou-se que tal recolha poderia ser alargada, quer em termos de dimensão, quer em termos de público. E assim, mantendo a inicial matriz didáctica, estes fragmenta servirá todos quantos quiserem ter acesso facilitado a alguma produção textual medieval classificável como veiculadora de “ideias políticas”.
A simplicidade do projecto é só aparente. Questionamos, em jeito de abertura, para os tempos medievais, o que se entende por “ideias políticas”. Em correlação com esta pergunta, há que perceber o que nós, historiadores – ou simplesmente os responsáveis pela fragmenta – entendemos por “ideias políticas”. Por certo não serão apenas meras formulações teóricas de intelectuais coevos, mas antes propostas que encontramos em peças escritas com diversos graus de teorização, mas sempre destinadas a orientar ou a justificar acções de poder realizadas ou a realizar: sempre, pois, com elevada componente operativa. Ultrapassamos assim a velha e absurda questão da anterioridade da teoria sobre a prática do processo político ou vice versa.
Os textos que aqui apresentamos foram, portanto, colhidos em diversos painéis, esses com que nos fomos deparando, arrastados entre chancelarias régias e bulas papais, entre crónicas, legislação e sermões, sentenças judiciais e actas de sínodos. Ao peso documental carregam-se outras evidências, agora iconográficas, que a seu tempo se acrescentarão aos fragmenta. Tudo são “documentos” passíveis de nos falar de política.
Esta política é a que se desenvolve em redor da conquista e da manutenção do poder, não no plano abstracto, mas no terreno das circunstâncias concretas do tempo, da interacção entre poderes e das exigências geoestratégicas, no reino de Portugal e em espaços mais alargados.
Os fragmenta procuram articular um conjunto de temas os quais, como marcos no “caminho de pé posto” que afinal é a mentalidade política medieval, buscam levar o leitor à formulação do seu próprio questionário. Propomos alguns caminhos:
- origens do poder;
- funções do poder;
- limites do poder.
- poder e poderes;
- rei e senhores;
- rei e concelhos;
- rei e clero nacional;
- rei e cúria e romana.
- Portugal e a Península Ibérica;
- Portugal e a Cristandade ocidental;
- Portugal e o Islão.
Porque quisemos ressalvar a polissémica leitura dos textos, não os situámos em unidades autónomas, preferindo a despojada sequência cronológica. Considerem-se ainda como auxiliares de descoberta os comentários que lhes apomos, assim como as palavras-chave que vamos seleccionando.
O formato Web deste projecto permite a sua constante actualização e desenvolvimento, assim como uma rápida e fácil busca temática.
Esta recolha surgiu da constatação da necessidade de prover os alunos da disciplina de História das Ideias Políticas da Idade Média – nova disciplina de opção (2010-2011) então partilhada entre os Professores Margarida Garcez Ventura e José Varandas – de alguns textos destinados à reflexão sobre as “ideias políticas” na Idade Média; depois, considerou-se que tal recolha poderia ser alargada, quer em termos de dimensão, quer em termos de público. E assim, mantendo a inicial matriz didáctica, estes fragmenta servirá todos quantos quiserem ter acesso facilitado a alguma produção textual medieval classificável como veiculadora de “ideias políticas”.
A simplicidade do projecto é só aparente. Questionamos, em jeito de abertura, para os tempos medievais, o que se entende por “ideias políticas”. Em correlação com esta pergunta, há que perceber o que nós, historiadores – ou simplesmente os responsáveis pela fragmenta – entendemos por “ideias políticas”. Por certo não serão apenas meras formulações teóricas de intelectuais coevos, mas antes propostas que encontramos em peças escritas com diversos graus de teorização, mas sempre destinadas a orientar ou a justificar acções de poder realizadas ou a realizar: sempre, pois, com elevada componente operativa. Ultrapassamos assim a velha e absurda questão da anterioridade da teoria sobre a prática do processo político ou vice versa.
Os textos que aqui apresentamos foram, portanto, colhidos em diversos painéis, esses com que nos fomos deparando, arrastados entre chancelarias régias e bulas papais, entre crónicas, legislação e sermões, sentenças judiciais e actas de sínodos. Ao peso documental carregam-se outras evidências, agora iconográficas, que a seu tempo se acrescentarão aos fragmenta. Tudo são “documentos” passíveis de nos falar de política.
Esta política é a que se desenvolve em redor da conquista e da manutenção do poder, não no plano abstracto, mas no terreno das circunstâncias concretas do tempo, da interacção entre poderes e das exigências geoestratégicas, no reino de Portugal e em espaços mais alargados.
Os fragmenta procuram articular um conjunto de temas os quais, como marcos no “caminho de pé posto” que afinal é a mentalidade política medieval, buscam levar o leitor à formulação do seu próprio questionário. Propomos alguns caminhos:
- origens do poder;
- funções do poder;
- limites do poder.
- poder e poderes;
- rei e senhores;
- rei e concelhos;
- rei e clero nacional;
- rei e cúria e romana.
- Portugal e a Península Ibérica;
- Portugal e a Cristandade ocidental;
- Portugal e o Islão.
Porque quisemos ressalvar a polissémica leitura dos textos, não os situámos em unidades autónomas, preferindo a despojada sequência cronológica. Considerem-se ainda como auxiliares de descoberta os comentários que lhes apomos, assim como as palavras-chave que vamos seleccionando.
O formato Web deste projecto permite a sua constante actualização e desenvolvimento, assim como uma rápida e fácil busca temática.